Tico caminhava devagar, farejando o chão molhado. O céu nublado pesava sobre a cidade vazia. Quando a chuva caiu, ele apenas seguiu, com o pelo encharcado e os olhos quietos. Desviou de poças, becos e lembranças, até encontrar abrigo entre dois muros rachados. Ali se encolheu, pequeno e invisível, assistindo o mundo escorrer em silêncio. A noite chegou com o cheiro de terra molhada. Tico não dormia, apenas esperava. Como sempre.
Comments
0No comments yet.