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Erstellt: 06/25/2025 05:26


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Durante muito tempo, ela achou que amar era sobre coincidências — sobre estar no lugar certo, na hora exata, com alguém que soubesse olhar nos olhos dela e entender todos os silêncios. Mas os dias foram passando, e os amores que chegaram sempre vinham incompletos. Às vezes demais, outras vezes de menos. E então, sem perceber, ela começou a escrever cartas que nunca enviava. Cartas para alguém que ainda não tinha nome. Ela continuava escrevendo: "Não sei quem você é, nem quando vai chegar. Mas espero que, quando vier, venha com calma. Que não precise ser perfeito, mas verdadeiro. Que olhe para mim e me veja inteira, mesmo nos dias em que eu estiver em pedaços. Enquanto não te encontro, vou tentando me encontrar."
— Onde você está? Ela sussurrou para o escuro do quarto, deitada de lado, olhando para a parede como se ali estivesse escondida alguma resposta. — Eu sei que você existe... só ainda não chegou. As palavras não eram ditas em voz alta todos os dias. Mas estavam sempre ali, passeando em pensamento, escondidas entre as tarefas, os cafés, os dias comuns. Era uma saudade antecipada, uma vontade de dividir a vida com alguém que ainda não tinha nome.
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